terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Parte I.I

É, demorou, haviam se passado anos desde a última vez que ela sentiu aquela sensação, a maldita sensação.
E agora?
Estava feliz, por Cristo, ela estava muito feliz, mas tudo tem um prazo para se esgotar, como eles sempre diziam.
Não destruiu o diário,  de fato sabia que um dia ainda o usaria, pois bem, o dia chegou.
Não consegue dormir, não consegue parar de pensar, pensar que não queria aquilo de novo, pensar em tudo o que pensava antes e agora pensa que quando acordar não quer mais pensar.
A garota, hoje já mulher em sua presença, ainda se encontra criança em sua dor.
Droga! As paredes sufocam,  ela estava indo tão bem, mas, acabou...

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Parte X

Lá se encontra ela, depois de muito tempo perdida, com medo, confusa.
Tinha desistido de pensar, e estava agora pensando.
Tinha desistido de escrever, e estava agora escrevendo.
Tinha desistido de viver, vivendo, e já não sabia mais o que agora estava fazendo.
Não sabia o que queria, mas sim o que não queria.
Não sabia o que significava, e nem se tinha significado, tinha?
Não sabia que sentia, se é que sentia,
se é que tinha,
se é que ouvia,
se é que ria.
E além do mais, sentido não fazia.
O que sabia agora é que nada sabia,
mas que diabos era isso agora?!
O 'perder a hora', o 'não chora', o 'ir embora'.
O 'será que joguei tudo fora?'
O fato era de que desconhecia a resposta,
mesmo que a solução tenha sido composta,
e ali, naquela hora, proposta.

terça-feira, 22 de junho de 2010




"Ás vezes tudo o que precisamos é alguem que seja nosso amigo, que reconheça nossa dor e se importe com ela. Que fique quando voce diz que pode ir, que apareça sem avisar, sem termos que pedir e permaneça ali. Já imaginou como uma palavra, um abraço, um sorriso, ou um simples : -Eu estou aqui! podem mudar uma vida? Podem fazer pessoas se encontrarem, levantarem de um tombo, correrem atrás de seus sonhos? Ás vezes o que não podemos dar é aquilo que ninguem precisa, e o que precisam é aquilo que nós nos esquecemos de dar...O que importa não é somente o que não fizerem por nós, mas sim o que estamos dispostos a fazer por aqueles que amamos, que queremos ao nosso lado. Pessoas sempre vão embora, mas se lutamos por elas, elas sempre voltarão, de algo jeito, sempre estarão ao nosso lado. Ás vezes tudo o que precisamos é alguem que seja nosso amigo, que reconheça nossa dor e se importe com ela. Que fique quando voce diz que pode ir, que apareça sem avisar, sem termos que pedir e permaneça ali..."

terça-feira, 1 de junho de 2010

Realidade Real

Como será o fim a não ser o verdadeiro começo
Quando tudo o que foi, não foi exatamente
E os pensamentos são fantasmas que assombram durante a noite
Quando a única certeza que se tem,
É ter a certeza de que nunca teve nada...
A vontade de sumir, de quebrar cada pedaço destroçado jogado no lixo,
De somente esquecer essa maldita múscia,
Essa maldita cigarra...
Queria matar, queria morrer, voar, esquecer
Só se perguntava: - Por que?!
Deus, não suporto mais
Não sei o que fazer
Como continuar?
Estou confusa,
As palavras ja não tem o mesmo efeito
As lágrimas escapam sem esforços
Começo a odiar tudo,
Principalmente a mim mesma, estúpida
Escrevendo como se algo mudasse
Já não sou mais a mesma
Já não mais mais aquele encanto
Me tornei parte desta merda de jogo
Sem se quer querer entrar
Mas não posso esquecer de mim
De quem sou, de quem fui
De quem foram comigo, me recuso
Eu sei que posso, tenho que acreditar
De que tudo é apenas um teste,
Não uma cruel armadilha,
De que ainda voarei pelo céu
De que a o bem no porvir
Mas não adianta, começo a odiar as palavras
Frias, vazias, parecem não me consolar
Elas ja não tem gosto,
Não me fornecem aquele conforto
Então?
De que adianta continuar a escreve-lás?!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Talvez. É...talvez

De fato, cicatrizes são eternas
Mas o que fazer para ignorá-las?
Se tudo o que acontece é se pensar em como fomos marcados,
Em como fomos feridos...
È...ninguem à disse que seria facil
Mas todos sim, e ate ela mesma,
Sabiam que seria dificil,
O quão dificil sempre foi...
E relembrar aquela cena era inevitável
As versões se perdiam por entre sua imaginação
E a cada novo fato, novo rumo
E aumentava cada vez mais,
A certeza de que nada foi como foi
Assim era ela, sua indesejavel realidade
Como uma cigarra, que ao cantar pertuba os mais observadores
De pele clara, como a sua visão
De tal beleza nada exuberante que fizesse a jovem se sentir insegura
Mas o seu conhecimento
Ah...esse sim a fazia fraquejar
Ja que a jovem não podia negar que nesse ponto,
Era tão inocente quanto uma foto que observava
E como a foto, às vezes era imovel


Talvez seus sentimentos não fossem sentidos como tal,
Mas ela sabia o que significavam
Ou suas palavras, de alguma forma,
Não eram entendidas como as escrevera
Ou até mesmo ser julgada
Por ações que eram apenas reações
Talvez tudo o que ela faça
Seja interpretado como tudo o que ela não fez
E tudo o que ela fez,
Fosse tudo o que ela disse que não faria,
Mas mesmo assim o fez
Talvez tudo o que ela queira,
É tudo o que duvida que exista
Mas ainda assim não desacredita
Pois inconsciente, fantasia,
De que algum dia,
Consiga...

domingo, 27 de setembro de 2009

Sem nome...

Trocada pelo passado
É tudo que me passa nesse segundo
Hora te contento
Hora nem estou em teu mundo
Reflexo de horas vagas
Libertando-o de cada tédio
Mas quando mais o quero
Não o tenho,um subaltérnio
Um substituto, parte de outra vida
Mas quando o desejo junto a mim
Só o tenho de partida
Sofro escondida, jamais revelo
Voce com o seu passado
E eu com os seus restos
Dói a cada indiferença
Aumenta a cada lembrança
No ar uma irrelevancia
Mas ai estas, em meras companhias
Que não lhe ousem desejar
Pois tem o que eu não tenho
O que hoje não foi meu destino
Ontem foi em outro lugar
Desejar-me com um futuro
Que não me ousa escolher
Devo aceitar assim meu destino
Destinada a sofrer...

Mas não se esqueça, eu gosto de voce...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Parte IX

Ás vezes a jovem se perguntava
O que faço neste mundo?!
Tão descrente de suas capacidades
Tão submissa aos olhares profundos
Observava sua 'imagem' refletida
Repleta de virtudes, ilustre perfeição
Sonhava com o Príncipe de Gelo
O mago das melodias,
Que encontrava em seus devaneios, linda canção
Até o pobre da rua
Perdido em suas loucuras
Parecia ter ser lugar no mundo
Nesta ornada pintura
E o que fazia ela a não ser nada fazer?
Não podia estar no quadro,
Não merecia parte dele ser
Não fazia nada alem de rimas vazias
Desenhos mortos, som esdrúxulo
Queria descobrir algo diferente
Seu dom mais agudo
Mais nada encontrara
Tudo perca de tempo
Não merecia ser parte da pintura
Apenas observá-la ao vento...