quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Talvez. É...talvez

De fato, cicatrizes são eternas
Mas o que fazer para ignorá-las?
Se tudo o que acontece é se pensar em como fomos marcados,
Em como fomos feridos...
È...ninguem à disse que seria facil
Mas todos sim, e ate ela mesma,
Sabiam que seria dificil,
O quão dificil sempre foi...
E relembrar aquela cena era inevitável
As versões se perdiam por entre sua imaginação
E a cada novo fato, novo rumo
E aumentava cada vez mais,
A certeza de que nada foi como foi
Assim era ela, sua indesejavel realidade
Como uma cigarra, que ao cantar pertuba os mais observadores
De pele clara, como a sua visão
De tal beleza nada exuberante que fizesse a jovem se sentir insegura
Mas o seu conhecimento
Ah...esse sim a fazia fraquejar
Ja que a jovem não podia negar que nesse ponto,
Era tão inocente quanto uma foto que observava
E como a foto, às vezes era imovel


Talvez seus sentimentos não fossem sentidos como tal,
Mas ela sabia o que significavam
Ou suas palavras, de alguma forma,
Não eram entendidas como as escrevera
Ou até mesmo ser julgada
Por ações que eram apenas reações
Talvez tudo o que ela faça
Seja interpretado como tudo o que ela não fez
E tudo o que ela fez,
Fosse tudo o que ela disse que não faria,
Mas mesmo assim o fez
Talvez tudo o que ela queira,
É tudo o que duvida que exista
Mas ainda assim não desacredita
Pois inconsciente, fantasia,
De que algum dia,
Consiga...

domingo, 27 de setembro de 2009

Sem nome...

Trocada pelo passado
É tudo que me passa nesse segundo
Hora te contento
Hora nem estou em teu mundo
Reflexo de horas vagas
Libertando-o de cada tédio
Mas quando mais o quero
Não o tenho,um subaltérnio
Um substituto, parte de outra vida
Mas quando o desejo junto a mim
Só o tenho de partida
Sofro escondida, jamais revelo
Voce com o seu passado
E eu com os seus restos
Dói a cada indiferença
Aumenta a cada lembrança
No ar uma irrelevancia
Mas ai estas, em meras companhias
Que não lhe ousem desejar
Pois tem o que eu não tenho
O que hoje não foi meu destino
Ontem foi em outro lugar
Desejar-me com um futuro
Que não me ousa escolher
Devo aceitar assim meu destino
Destinada a sofrer...

Mas não se esqueça, eu gosto de voce...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Parte IX

Ás vezes a jovem se perguntava
O que faço neste mundo?!
Tão descrente de suas capacidades
Tão submissa aos olhares profundos
Observava sua 'imagem' refletida
Repleta de virtudes, ilustre perfeição
Sonhava com o Príncipe de Gelo
O mago das melodias,
Que encontrava em seus devaneios, linda canção
Até o pobre da rua
Perdido em suas loucuras
Parecia ter ser lugar no mundo
Nesta ornada pintura
E o que fazia ela a não ser nada fazer?
Não podia estar no quadro,
Não merecia parte dele ser
Não fazia nada alem de rimas vazias
Desenhos mortos, som esdrúxulo
Queria descobrir algo diferente
Seu dom mais agudo
Mais nada encontrara
Tudo perca de tempo
Não merecia ser parte da pintura
Apenas observá-la ao vento...

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Parte VIII

Olhando para o vazio
Perdendo-se dentro de si
Quando se deu por conta,
Quem seria ela?!
Havia encontrado seu espelho
Tão iguais, tão perfeitas
Nada as entendiam tão bem quanto elas mesmas
Sentiam o mesmo,
Faziam o mesmo,
Eram o mesmo...
Se pareciam tanto,
Que a jovem até se assustava...
Não era preciso dizer, nem ao menos olhar
Se comunicavam com o coração
Uma emsma alma, seguindo caminhos diferentes
Era tudo tão inacreditável
Tudo tão idêntico
Nascidas e movidas pela mesma incógnita
Pelo mesmo medo, pela mesma dor
Queriam ser livres,
Mas tinham medo de voar
Queriam amar
Mas não permitiam-se apaixonar
Unidas, iriam encontrar suas forças
Juntas, saberiam à qual caminho percorrer
E através do balanço, descobririam o indecifrável
Tirariam os pés do chão,
Mesmo que por um instante, voariam
Prometeram nunca se afastar
Juraram que iriam se eternizar
Assim, ficou claro
Eram elas
As irmãs de alma,
As gêmeas de sentimento...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Parte VII

Desta vez sim
Todas as barreiras estão quebradas
Toda a proteção, anulada
Toda a sua magia, quebrada
Pela primeira vez
Se sentia livre
Porém, ela não sabia o que fazer
Para onde ir?
Como agir?
O que é certo?
O que estaria fazendo de errado?
Sonhava tanto com esse momento
E agora, se sente distanciada
Mais perdida do que as bruxas
Mais triste do que as rosas
A única coisa de que tinha certeza
Era de que havia estragado,
De que trasformara aquilo em pó
Sua estátua de cristal se partira
Sua angústica se espalhara
Tinha certeza, nada estava como antes
So queria fugir
Voltar pra tudo aquilo que odiava
Estava confusa
Estava angústiada
Que culpa desgraçada era essa?
Queria sumir
Por que não tem fim?
Doía, mas doía
À mutilava por dentro
Deus, isso nunca tem fim...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Parte VI

Me perdoe
Era apenas uma brincadeira...
Repetia diversas vezes
Mas a jovem não estava convencida de que tudo fora esquecido
Sabia que não tinha sido pra valer
Não fizera de propósito
Mas o estrago foi feito
Talvez haveria uma boa parte
Talvez não ouvisse o que ouviu
Se não fosse por tolice
Mas talvez fosse a gota d'água
Lavando sua pobre felicidade
E levando para longe,
Algo que por ali não passaria jamais
Se sentiu mal...
Como a muito tempo não sentia
Não desta forma
A marca tinha sido feita
Nada poderia apagar
E agora, o que fazer?
Fingir que nada aconteceu?
Qual seria a saída?
Haveria saída?
Desta vez...
Conseguiu sua resposta...

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Parte V

Aquilo à partiu como uma espada
Tais palavras à fizeram acordar
Estava de volta em seu mundinho
Do qual não deveria ter saído
Achou injusto
Mas talvez não fosse
Só sabia que não fizera de propósito
Isso à fez pensar
Tinha feito tudo certo, mas...
Nada é perfeito

Parte IV

Parecia mais um dia comum
Se perdeu em seus pensamentos, quando percebeu...
Os Céus estavam chorando
Uma tempestade mágica, como nenhuma outra
Magnética, à hipnotizava, à excitava
Cada brisa acariciava sua pele,era magnífico
A jovem estava fascinada
Se apaixonou pela chuva,
E a chuva por ela
Nada ao redor importava, nada fazia sentido
As pessoas correndo, as folhas ao chão
Os carros molhados,as vozes ao vento
O grito desesperado de sua nova paixão
Era tudo o que lhe importava
E então, redendo-se ao pedido implorado de sua alma
Se entregou...
As gotas percorriam por todo seu corpo
Uma sensação surreal
Tocavam sua face, seus cabelos, seus lábios
A chuva à beijava, à eternizava
As duas se formaram uma
Se pertenciam, se amavam, se fundiram
Dali em diante,a chuva pertencia à garota
E a garota, pertencia à chuva
Separadas eram nada
Juntas eram o infinito
Jamais se esquecera deste dia
Nunca mais fora a mesma
A jovem tinha encontrado seu dia perfeito
O dia em que a chuva a eternizou

terça-feira, 26 de maio de 2009

Parte III

Tudo fora mesmo fingimento?
Se fora, porque ainda parecia real?
Como poderia ela estar mesmo feliz?
Como poderia, a pequena jovem, estar vivendo?
Estava rodeada de alegrias
Sorrisos insistiam em sair
Mesmo que ela os recusasse
Estava feliz, impossível
Algo a impedia de acreditar
O medo de estar se enganando, talvez
Ou o medo de estar vivendo uma ilusão?
Ou simplesmente o fato de estar feliz?
Sentia-se desprotegida
Entrando em um mundo desconhecido
Um mundo do qual não pertencia
Tudo parecia tão belo
Mesmo sabendo que não era
Estava assustada, perdida
Encontrava-se em um dilema
Continuaria vivendo assim,
Seguindo uma trilha desconhecida,
Sabendo que poderia existir armadilhas?
Ou voltaria para seu mundo seguro?
Como sempre...sua perguntas nunca escontram respostas...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Parte II

Havia se passado 13 dias
O que era pouco mais de uma semana
Parecia ser o resumo de uma vida
Para ela, talvez a vida mais feliz que tivera
Fingindo estar bem, fingindo se entender, viveu
Viveu como nunca, feliz, ela se encontrava
Pequenas memórias espalhadas formavam seu dia perfeito
O dia mais feliz de sua vida
O dia que era para existir...
Fingia gostar do filme, das conversas ao vento
Dos programas vazios, das piadas banais
Dos sorrisos falsos, das alegrias inventadas
Do balanço, ah, o balanço, à fazia voar
Como se fosse única, tudo a sua volta desaparecia
Fechado os olhos, balançava
O mais alto que podia, alcançava o céu
As estrelas eram sua companhia, ah como fingia
Fingia, mas fingia tão bem, que acreditava
Acreditava que era real, que estava bem
E em uma mesma noite, como há de 13 dias atrás
Solitária, triste, comum
Como se atingida por uma violenta flecha de lucidez
Escutando apenas o silêncio mutuo
Acorda, como quem acorda de um sonho feliz
Como quem acorda em uma noite comum
Agora, mais confusa do que nunca, sem saber por onde começar
Precisava achar uma saída, precisava consertar
Tudo que destruira, inconscientemente
Nessa sua brincadeira de viver
Nessa sua brincadeira, de sonhar...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Parte I

Silêncio...era o que havia
Nem a televisão à fazia companhia mais
A pequena jovem, permanecia pesada, anestesiada
Sabia que sentia mais não o sentia
Estava tudo tão diferente, as mesmas coisas velhas
Aquele mesmo rabisco, o pó antigo, os mesmos objetos
Aquilo à fazia pensar, mas pensar em que?
E tudo estava tão diferente...
As lembranças à faziam chorar, relembrava cada detalhe
Sentia aqueles antigos rostos, mas não como antes
Era como se estivesse diante de um ponto de luz
Queria pegá-lo, mas não o alcançava
Olhava para aquelas alegres fotos, lembranças...
Afinal, para que serviam? Para chorar por momentos felizes
Ou chorar por perceber que nunca mais irá tê-los?
E ainda olhava as fotos...
As paredes então ganham foco
Que antes se fechavam, aprisionando-a, impedindo-a de voar
Hoje parecem ser mais distantes de que aquele pequeno ponto de luz
Fechou os olhos, pensava...
Amadureci, ou esqueci de viver?
Assim permaneceu por horas
A cada minuto uma nova pergunta
A cada nova pergunta, as respostas pareciam fugir
Sentia-se perdida, sabendo onde estava
Nada fazia sentido, nada era nada
Mas o que mais à perturbava, era aceitar o fato de que havia mudado
Não aceitava, não podia aceitar
Estava exausta
Deitou em sua cama, pensando, se perguntando, adormeceu...
Amanhã é outro dia.