quarta-feira, 20 de maio de 2009

Parte I

Silêncio...era o que havia
Nem a televisão à fazia companhia mais
A pequena jovem, permanecia pesada, anestesiada
Sabia que sentia mais não o sentia
Estava tudo tão diferente, as mesmas coisas velhas
Aquele mesmo rabisco, o pó antigo, os mesmos objetos
Aquilo à fazia pensar, mas pensar em que?
E tudo estava tão diferente...
As lembranças à faziam chorar, relembrava cada detalhe
Sentia aqueles antigos rostos, mas não como antes
Era como se estivesse diante de um ponto de luz
Queria pegá-lo, mas não o alcançava
Olhava para aquelas alegres fotos, lembranças...
Afinal, para que serviam? Para chorar por momentos felizes
Ou chorar por perceber que nunca mais irá tê-los?
E ainda olhava as fotos...
As paredes então ganham foco
Que antes se fechavam, aprisionando-a, impedindo-a de voar
Hoje parecem ser mais distantes de que aquele pequeno ponto de luz
Fechou os olhos, pensava...
Amadureci, ou esqueci de viver?
Assim permaneceu por horas
A cada minuto uma nova pergunta
A cada nova pergunta, as respostas pareciam fugir
Sentia-se perdida, sabendo onde estava
Nada fazia sentido, nada era nada
Mas o que mais à perturbava, era aceitar o fato de que havia mudado
Não aceitava, não podia aceitar
Estava exausta
Deitou em sua cama, pensando, se perguntando, adormeceu...
Amanhã é outro dia.

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